segunda-feira, 26 de novembro de 2012



         Pablo Neruda


Pablo Neruda nasceu em Parral, em 12 de julho de 1904, como Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Era filho de José del Carmen Reyes Morales, um operário ferroviário, e de Rosa Basoalto Opazo, professora primária, morta quando Neruda tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adotou o pseudônimo de Pablo Neruda (inspirado no escritor checo Jan Neruda), que utilizaria durante toda a vida, tornando-se seu nome legal, após ação de modificação do nome civil.[1]
Em 1906 seu pai se transferiu para Temuco, onde se casou com Trinidad Candia Marverde, que o poeta menciona em diversos textos, como "Confesso que vivi" e "Memorial de Ilha Negra", como o nome de Mamadre. Estudou no Liceu de Homens dessa cidade e ali publicou seus primeiros poemas no periódico regional A Manhã. Em 1919 obteve o terceiro lugar nos Jogos Florais de Maule com o poema Noturno Ideal.
Em 1921 radicou-se em Santiago e estudou pedagogia em francês na Universidade do Chile, obtendo o primeiro prêmio da festa da primavera com o poema "A Canção de Festa", publicado posteriormente na revista Juventude. Em 1923 publica Crespusculário, que é reconhecido por escritores como Alone, Raúl Silva Castro e Pedro Prado. No ano seguinte aparece pela Editorial Nascimento seus Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, no que ainda se nota uma influência do modernismo. Posteriormente se manifesta um propósito de renovação formal de intenção vanguardista em três breves livros publicados em 1936O habitante e sua esperançaAnéis (em colaboração com Tomás Lagos) e Tentativa do homem infinito.
Em 1927 começa sua longa carreira diplomática quando é nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia. Em suas múltiplas viagens conhece em Buenos Aires Federico Garcia Lorcae, em Barcelona, Rafael Alberti. Em 1935, Manuel Altolaguirre entrega a Neruda a direção da revista Cavalo verde para a poesia na qual é companheiro dos poetas da geração de 1927. Nesse mesmo ano aparece a edição madrilenha de Residência na terra.
Em 1936, eclode a Guerra Civil espanhola; Neruda é destituído do cargo consular e escreve Espanha no coração. Em 1945 é eleito senador. No mesmo ano, lê para mais de 100 mil pessoas no Estádio do Pacaembu em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes. Em 1950 publica Canto Geral, em que sua poesia adota intenção social, ética epolítica. Em 1952 publica Os Versos do Capitão e em 1954 As uvas e o vento e Odes Elementares.
Em 1953 constrói sua casa em Santiago, apelidada de "La Chascona", para se encontrar clandestinamente com sua amante Matilde, a quem havia dedicado Os Versos do Capitão. A casa foi uma de suas três casas no Chile, as outras estão em Isla Negra e Valparaíso. "La Chascona" é um museu com objetos de Neruda e pode ser visitada, em Santiago. No mesmo ano, recebeu o Prêmio Lênin da Paz.
Em 1958 apareceu Estravagario com uma nova mudança em sua poesia. Em 1965 lhe foi outorgado o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de OxfordGrã-Bretanha. Em outubro de 1971 recebeu o Nobel de Literatura. Após o prêmio, Neruda é convidado por Salvador Allende para ler para mais de 70 mil pessoas no Estadio Nacional de Chile.
Morreu em Santiago em 23 de setembro de 1973, de câncer na próstata. Encontra-se sepultado em sua propriedade particular em Isla NegraSantiago no Chile.[2] Postumamente foram publicadas suas memórias em 1974, com o título Confesso que vivi .
Em 1994 um filme chamado Il Postino (também conhecido como O Carteiro e O Poeta ou O Carteiro de Pablo Neruda no Brasil e em Portugal) conta sua história na Isla Negra, noChile, com sua terceira mulher Matilde. No filme, que é uma obra de ficção, a ação foi transposta para a Itália, onde Neruda teria se exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pede para ensinar a escrever versos (para poder conquistar uma bonita moça do povoado).
Durante as eleições presidenciais do Chile nos anos 70, Neruda abriu mão de sua candidatura para que Allende vencesse, pois ambos eram marxistas e acreditavam numaAmérica Latina mais justa o que, a seu ver, poderia ocorrer com o socialismo. De acordo com Isabel Allende, em seu livro Paula, Neruda teria morrido de "tristeza" em setembro de 1973, ao ver dissolvido o governo de Allende. A versão do regime militar do ditador Augusto Pinochet (1973-1990) é a de que ele teria morrido devido a um câncer de próstata. No entanto, fontes próximas, como o motorista e ajudante do poeta na época, Manuel Araya, afirmam com insistência que o poeta teria sido assassinado[3][4], estando a própria justiça do Chile a contestar a versão oficial sobre a sua morte.
Encontra-se sepultado na sua propriedade particular em, Isla Negra Santiago, no Chile.[5]

[editar]Obra

Frase de Neruda pichada em Feira de SantanaBahia,Brasil.
  • Crepusculario. Santiago, Ediciones Claridad, 1923.
  • Veinte poemas de amor y una canción desesperada. Santiago, Nascimento, 1924.
  • Tentativa del hombre infinito. Santiago, Nascimento, 1926.
  • El habitante y su esperanza. Novela. Santiago, Nascimento, 1926. (prosa)
  • Residencia en la tierra (1925-1931). Madrid, Ediciones del Arbol, 1935.
  • España en el corazón. Himno a las glorias del pueblo en la guerra: (1936- 1937). Santiago, Ediciones Ercilla, 1937.
  • Tercera residencia (1935-1945). Buenos Aires, Losada, 1947.
  • Canto general. México, Talleres Gráficos de la Nación, 1950.
  • Todo el amor. Santiago, Nascimento, 1953.
  • Odas elementales. Buenos Aires, Losada, 1954.
  • Nuevas odas elementales. Buenos Aires, Losada, 1955.
  • Tercer libro de las odas. Buenos Aires, Losada, 1957.
  • Estravagario. Buenos Aires, Losada, 1958.
  • Cien sonetos de amor (Cem Sonetos de Amor). Santiago, Ed. Universitaria, 1959.
  • Navegaciones y regresos. Buenos Aires, Losada, 1959.
  • Poesías: Las piedras de Chile. Buenos Aires, Losada, 1960.
  • Cantos ceremoniales. Buenos Aires, Losada, 1961.
  • Memorial de Isla Negra. Buenos Aires, Losada, 1964. 5 vols.
  • Arte de pájaros. Santiago, Ediciones Sociedad de Amigos del Arte Contemporáneo, 1966.
  • Fulgor y muerte de Joaquín Murieta. Bandido chileno injusticiado en California el 23 de julio de 1853. Santiago, Zig-Zag, 1967. (obra teatral)
  • La Barcaola. Buenos Aires, Losada, 1967.
  • Las manos del día. Buenos Aires, Losada, 1968.
  • Fin del mundo. Santiago, Edición de la Sociedad de Arte Contemporáneo, 1969.
  • Maremoto. Santiago, Sociedad de Arte Contemporáneo, 1970.
  • La espada encendida. Buenos Aires, Losada, 1970.
  • Discurso de Stockholm. Alpigrano, Italia, A. Tallone, 1972.
  • Invitación al Nixonicidio y alabanza de la revolución chilena. Santiago, Empresa Editora Nacional Quimantú, 1973.
  • Libro de las preguntas. Buenos Aires, Losada, 1974.
  • Jardín de invierno. Buenos Aires, Losada, 1974.
  • Confieso que he vivido. Memorias. Barcelona, Seix Barral, 1974. (autobiografia)
  • Para nacer he nacido. Barcelona, Seix Barral, 1977.
  • El río invisible. Poesía y prosa de juventud. Barcelona, Seix Barral, 1980.
  • Obras completas. 3a. ed. aum. Buenos Aires, Losada, 1967. 2 vols.


                                                                            Bolívia




HISTÓRIA
A Bolívia é um local onde se desenvolveram grandes civilizações, a mais importante das quais foi a Civilização Tiahuanaco. Tornou-se parte do império Inca no século XV. Quando os espanhóis chegaram no século XVI, a Bolívia, rica em depósitos de prata, foi incorporada no vice-reino do Pelo, e mais tarde no de La Plata. Simón Bolívar conhecido como libertador, nasceu em Caracas, na Venezuela, no ano de 1783. A luta pela independência começou em 1809, mas permaneceu parte da Espanha até 1825, quando foi libertada por Simón Bolívar, a quem o país deve o seu nome. Após uma breve união com o Peru, a Bolívia tornou-se totalmente independente. Nos anos seguintes, a Bolívia perdeu parte do seu território devido as vendas e à guerra.
LITERATURA
Embora a população indígena da Bolívia não possua escrita, a cultura oral nas comunidades aymara, quechua, kalhahuaca e guaraní têm prevalecido no decorrer dos tempos. Na época colonial destaca Bartolomeu Arzáns Orsúa e Vela, que viveu no século XVII, com sua "História da Vila Imperial de Potosí". Após a Independência desenvolveu-se o movimento romântico, que produziu dois escritores importantes: Julio Lucas Jaimes, criador de um estilo próprio, e Nathaniel Aguirre.Na transição ao modernismo a figura de Adela Zamudio destacou no gênero poético. Entre os escritores modernistas assinalamos Ricardo James com sua "Justiça Índia", que denuncia a exploração indígena, Franz Tamayo e Gregorio Reynolds. Na geração realista sobressai Alcides Arguedas com sua obra "Povo Enfêrmo" e o romance "Raza de Bronze". O poeta, novelista, dramaturgo e também diplomata Adolfo Costa dos Rels, que nasceu no último período do século XX, escreveu o romance "Terras Enfetiçadas", que fala do difícil convívio entre um autoritário coronel mestiço do Chaco com seu filho educado na Europa e de idéias democráticas.
GASTRONOMIA
A gastronomia boliviana é conhecida principalmente por suas profundas raízes de origem hispano-mouriscas e indígenas, além de que ao longo do tempo tem acrescentado pratos e mesclas a uma extensa lista de iguarias. No país, a principal refeição é o almoço, composto normalmente de uma sopa, prato principal e uma sobremesa. O elemento mais importante na comida boliviana é a batata: é comum serem servidas em quase todas as refeições. Outra característica é o uso da pimenta, os “locotos”.
TURISMO
- O Salar de Uyuni, a maior planície de sal do planeta.       
- Lago Titicaca, o lago navegável mais alto do mundo situado na Bolivia e Peru. 
- Tiwanaku, berços da civilização humana.  
- O Forte de Samaipata, um forte dos incas onde delimitava o antigo império, declarado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.           
- O Nevado Sajama, a montanha mais alta do país com o bosque mais alto do mundo.    
- Cidade Histórica de Potosí, com seu Cerro Rico antigamente o maior nascimento de plantas do mundo.        
CULTURA
A Bolívia é um país cosmopolita e multicultural. Hoje em dia é um país cuja cultura gira em torno da cultura Inca. A diversidade étnica que existe, promove uma grande diversidade cultural. A música está presente em todas as festas é a atração popular, pois é uma diversão para todo o povo.
ARQUITETURA
No território boliviano os edifícios construídos depois da conquista espanhola apresentavam características que diferencia dos restantes do vice-reinado. A tradição artística indígena aparece na rica decoração que cobre o exterior dos edifícios, baseada em motivos tirados da flora e fauna.
ESCULTURA E PINTURA
Da época colonial existem numerosos retábulos (nas igrejas, elemento arquitetônico e decorativo, em madeira), mais também se conservam muitas pinturas e talhas (vaso de colocar água) de tipo popular. Na pintura podemos destacar o pintor Cecílio Guzmão de Rojas e a Maria Núnez de Prado.
DANÇA
As danças criolas ou mestiças surpreendem pela incorporação de elementos da Europa renascentista e dos bailes da corte. O carnaval de Santa Cruz é o acontecimento folclórico mais importante do país.
As danças pré-hispânicas tinham suas origens na necessidade de expressar-se. Eram bailes de celebração de guerra, fertilidade, caça, trabalho, bodas, etc.
FESTAS
- FESTA DE URKUPINA: Festa de virgem de Urkupina, realizada na cidade de Quillacollo e Cochabamba.  
- FESTA DE COPACABANA: Festa da virgem de copacabana, realizada na mesma cidade em La Paz.         
- FESTA DE SENHOR DOS MILAGRES: Festa católica de senhor doa milagres com procissão passando em todas as casas de moradores da cidade.     

- FESTA DE CARNAVAL: Em diferentes países há festas de carnaval, com desfiles e muitas manifestações. Mais é em Oruro que acontece está maior festa carnavalesca.        
           
- FESTA DE TODOS OS SANTOS: 2 de novembro é comemorado a nível nacional o dia de finados é comemorado com comidas, doces, bebidas.          

- FESTA NAVIDAD: Em 25 de dezembro se celebra o natal, influência católica
VESTUÁRIO
- Polleras muito utilizada pelas chamadas "cholas" nas cidades de Laz, Oruro, Cochabamba, Potosí, Tarija, Chuquisaca.   

- Nos Trajes indígenas também se utilizam as "polleras", porém com tecidos e tramas típicas andinas. È mais usado na região do planalto boliviano ( La Paz, Oruro e Potosí).       

- Tipoy vestimenta típica do oriente boliviano ( Santa Cruz, Beni, Pando) com tecidos leves e estampados por causa do clima e do calor.         



O Morro dos ventos uivantes

Toda a história, com poucas exceções, é contada pela testemunha ocular de todos os acontecimentos, uma governanta chamada Ellen Dean, ao locatário da propriedade Thrushcross Grange, também traduzida como Granja da Cruz dos Tordos, em Gimmerton,YorkshireInglaterra, enquanto este se encontrava adoentado.
No início da trama, o patriarca da família Earnshaw resolve fazer uma viagem e traz consigo um pequeno órfão, que todos acham ser um cigano, porém sua procedência não é revelada em hora alguma da narrativa, ao qual denominam Heathcliff. Toda a afeição que o pai logo demonstra pelo menino enciuma seu filho legítimo, Hindley, que acha que está perdendo a afeição do pai para o menino. Sua irmã, Catherine, se afeiçoa por Heathcliff.
Quando o Sr. e a Sra. Earnshaw morrem, Hindley sujeita Heathcliff a várias humilhações. Este passa a ficar bruto e melancólico. Apesar do amor entre ele e Catherine, ela decide casar com Edgar Linton, por esse ter melhores condições de sustentá-la que Heathcliff.
Heathcliff sai do Morro dos Ventos Uivantes e, quando volta, está rico, chamando a atenção de Catherine e despertando ciúmes em seu marido. Catherine tem uma filha de Edgar e morre logo em seguida. Heathcliff resolve se vingar de Edgar e de Hindley.
Primeiro se casa com Isabella, irmã de Edgar. Logo após, Isabella se lamenta de ter casado com Heathcliff, abandona-o e tem um filho chamado Linton, enquanto está longe de seu marido. Hindley cai no vício do jogo e da bebida e perde todos os seus bens para ele. Hareton, filho de Hindley, consequentemente, fica sem herança - mas apesar disso, considera Heathcliff uma pessoa de alta moral, não permitindo que se fale mal de sua pessoa. Antes da morte de Edgar, Heathcliff casa Linton e Cathy (filha de Catherine e Edgar). Cathy descobre-se sem bens, quando seu marido Linton morre e Heathcliff apresenta um testamento onde seu filho lhe passava tudo quanto possuía. Pensando já ter se vingado, percebe nos últimos descendentes das casas da Granja da Cruz dos Tordos e do Morro dos Ventos Uivantes o olhar de seus antepassados e a paixão entre os dois, morrendo só em sua loucura e solidão. Como último desejo é enterrado junto com Catherine, seu grande amor. Deste dia em diante muitos juram ver sempre um casal vagando pelas charnecas do Morro.
Os dois irmãos


   O livro conta a história de dois irmãos que se aproximaram  depois da morte de seu pai.O autor não dá nome as personagens por isso um é conhecido como (o homem) e o outro como ( o irmão).
   O homem iria por várias vezes em busca de seu irmão tentando o trazer para junto dele , para trabalhar e lhe mostrar a realidade da vida, mais seu irmão só se preocupava com pedras preciosas.Esta preocupação com o irmão se estende por vários dias,compartilharam histórias e experiências ,situações de misérias e histórias tristes.
    O desfecho da história narra os momentos finais da morte de seu paina companhia dos dois irmãos.Explicitando o comportamento humano,que se faz diferenciado,apesar
 de sua familiaridade.







Dois Irmãos



O livro Dois Irmãos, lançado em 2000, é marcado pela questão da identidade, que perpassa toda a cultura pós-moderna, especialmente a literatura, pois representa a busca do próprio ser humano, que se sente, hoje, como um nômade, um incessante exilado, onde quer que esteja. Este traço é ainda mais acentuado nesta obra, povoada por personagens que deixaram sua pátria para tentar no Brasil uma vida nova, e por seus descendentes, que ainda não se sentem à vontade no lugar que ocupam.
O fio que guia a construção desta identidade é a memória, praticamente a protagonista da produção literária de Milton Hatoum, pois é ela, bem como sua eventual ausência, que orientam esta narrativa. Dois Irmãos é a obra mais explorada e analisada deste autor, que aqui desenvolve os temas já presentes em Relato de um Certo Oriente, embora de uma forma menos rebuscada e mais singela, o que propicia ao leitor uma compreensão maior de sua temática.
O relato é conduzido por Nael, filho da serviçal de uma abastada família libanesa integrada pelos irmãos gêmeos Yaqub e Omar, de naturezas distintas, unidos por um ódio avassalador. A princípio, a história parece estar centrada na relação entre ambos, mas logo se percebe que ela é apenas um pretexto para que o narrador encontre a si mesmo, a partir da descoberta de sua real paternidade.
Sua mãe, Domingas, nutrira no passado uma intensa paixão por Yaqub, filho honesto e dedicado ao trabalho, mas fora estuprada violentamente por Omar, figura agressiva e contraditória, desprovida de qualquer traço de responsabilidade. Assim, torna-se um enigma para Nael saber quem é seu pai, se ele é fruto do amor ou da violência.
Tudo se passa em uma residência situada em um bairro próximo ao porto de Manaus. Aí o narrador presencia as tramas urdidas no seio de uma família importante, que envolvem afetos ardentes, revanche, relacionamentos perigosos. O leitor entra em contato com este universo através do ponto de vista de Nael, que tudo vê da ótica de sua própria classe social, que molda nitidamente sua vivência cultural.
É assim que o leitor é apresentado ao chefe da família, Halim, que se esforça para encontrar as respostas mais corretas diante dos impasses familiares; à matriarca Zana, que não oculta sua predileção por Omar; à irmã Rânia, que mantém uma ambígua relação com os irmãos; à singela e generosa Domingas, mãe de Nael.
O enredo tem início com o retorno de Yaqub, que na adolescência fora sacrificado pela família, afastado aos treze anos do convívio familiar para que o confronto entre ele e Omar fosse atenuado. Esta decisão marca definitivamente a vida deste personagem, preterido em prol do irmão. Apesar de tudo, porém, o rapaz progride profissionalmente e contrai matrimônio com Lívia, antigo amor dos dois irmãos, o que agrava o conflito entre ambos. Nael, por sua vez, impedido de estudar pelo esforço de sobrevivência, é marcado pela condição de bastardo e mantém a idéia fixa de desvendar sua paternidade.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Bentinho, chamado de Dom Casmurro por um rapaz de seu bairro, decide atar as duas pontas de sua vida . A partir daí, inicia a contar sua história. 

Órfão de pai e protegido do mundo pelo círculo doméstico e familiar. Morando em Matacavalos com sua mãe (D. Glória, viúva), José Dias (o agregado), Tio Cosme (advogado e viúvo) e prima Justina (viúva), Bentinho possuía uma vizinha que conviveu como "irmã-namorada" dele, Capitolina - a Capitu. Seu projeto de vida era claro, sua mãe havia feito uma promessa, em que Bentinho iria para um seminário e tornaria-se um padre. Cumprindo a promessa Bentinho vai para o seminário, mas sempre desejando sair, pois tornando-se padre não poderia casar com Capitu.

Apesar de comprometida pela promessa, também D. Glória (mãe de Bentinho) sofre com a idéia de separar-se do filho único, interno no seminário. Por expediente de José Dias (amigo da família), Bentinho abandona o seminário e, em seu lugar, ordena-se um escravo. José Dias, que sempre foi contra ao namoro dos dois, é quem consegue retirar Bentinho do seminário, quase convencendo D. Glória que o jovem deveria ir estudar no exterior, José Dias era fascinado por 
direito e pelos estudos no exterior.

Correm os anos e com eles o amor de Bentinho e Capitu. Entre o namoro e o casamento, bentinho de formou em 
Direito e fez estreita amizade com um ex-colega de seminário, o Escobar, que acaba se casando com Sancha, amiga de Capitu.

Do casamento de Bentinho e Capitu, nasce Ezequiel. Escobar morre afogado e, durante seu enterro, Bentinho julga estranha a forma pela qual Capitu contempla o cadáver. Percebe que Capitu não chorava, mas aguçava um sentimento fortíssimo. A partir desse momento começa o drama de Bentinho. Ele percebe que o seu filho (?) era a cara de Escobar e ele já havia encontrado, às vezes, Capitu e Escobar sozinhos em sua casa. Embora confiasse no amigo, que era casado e tinha até filha, o desespero de Bentinho é imenso. cresce, Ezequiel se torna cada vez mais parecido com Escobar. Bentinho, muito ciumento, chega a planejar o assassinato da esposa e do filho, seguidos pelo seu suicídio, mas não tem coragem. A tragédia dilui-se na separação da casal.

Capitu viaja com o filho para a Europa, onde morre anos depois. Capitu escreve-lhe cartas, a essas altura, a mãe de Bentinho já havia morrido, assim como José Dias. Ezequiel um dia vem visitar o pai e conta da morte da mãe. O pai, que apenas constata a semelhança entre o filho e o antigo amigo de seminário. Ezequiel volta a viajar e pouco tempo depois, Ezequiel também morre, mas a única coisa que não morre no romance é Bentinho e sua dúvida.  


Este livro retrata a história de um menino de cinco anos chamado Zezé, que pertencia a uma família muito pobre e muito numerosa. Zezé tinha muitos irmãos, a sua mãe trabalhava numa fábrica, o pai estava desempregado, e como tal passavam por muitas dificuldades, pelo que eram as irmãs mais velhas que tomavam conta dos mais novos; por sua vez, Zezé tomava conta do seu irmãozinho mais novo, Luís.
Zezé era um rapazinho muito interessado pela vida, adorava saber e aprender coisas novas, novas palavras, palavras difíceis que o seu tio Edmundo lhe ensinava. Contudo, passava a vida a fazer traquinagens pela rua, a pregar peças aos outros e muitas vezes acabava por ser castigado e repreendido pelos pais ou pelos irmãos, que passavam a vida a dizer que era um mau menino, sempre a fazer maldades. Todos estes fatores e o fato de não passar muito tempo com a mãe, visto que esta trabalhava muito, faziam com que Zezé, muitas vezes, não encontrasse na família o carinho e a ternura que qualquer criança precisa. Somente de sua irmã Glória, que ele carinhosamente chama de "Godóia".
Ao mudarem de casa, Zezé encontra no seu quintal da sua nova moradia um pequeno pé de laranja lima, inicialmente a ideia de ter uma árvore tão pequena não lhe agrada muito, mas à medida que este vai convivendo com a pequena árvore e ao desabafar com esta, repara que ela fala e que é capaz de conversar consigo, tornando-se assim o seu grande amigo e confidente, aquele que lhe dava todo o carinho que Zezé não recebia em casa da sua família.